Primeira fase do programa Líder chega à etapa conclusiva em reunião de trabalho na UCPel

Encontro na Reitoria da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), na manhã desta sexta-feira (11), com a presença de representantes da UCPel, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Universidade Católica Sacro Cuore de Milão, deu encaminhamento às ações conclusivas da primeira etapa de execução do programa Líder em três regiões do Rio Grande do Sul. O trabalho de estímulo ao desenvolvimento terá a cadeia produtiva da viticultura como projeto piloto do trabalho, na Campanha, e ainda prevê iniciativas voltadas à cadeia da carne, na Fronteira Oeste, e à do leite, na Zona Sul do Estado.
Previsto para ser executado entre 2018 e 2022, o projeto da uva e do vinho se propõe a construir uma identidade ao produto da Campanha Gaúcha, aliando inovação, construção de redes nacionais e internacionais de parcerias, formação de capital humano, promoção de projetos de sustentabilidade para os vinhedos e implantação de vinicultura e enologia de precisão. Esse combo de ações, explica o representante da Alta Escola de Negócios da Universidade de Milão, o italiano Emilio Beltrami, precisa estar diretamente atrelado a ações de incentivo turístico, de forma que a cadeia ganhe notoriedade e potencial de consumo, integrando o setor turístico e produtivo. “O desafio é estabelecer uma visão de futuro compartilhada, conectando melhor esta região ao restante do país e do mundo”, pontuou. Para isso, reforçou ele, será necessário atrair mais clientes e turistas, mais jovens universitários e pesquisadores, bem como investidores. 
Mas para que essas estratégias avancem, dois passos anteriores são necessários. O primeiro deles diz respeito à criação de um observatório socioeconômico e ambiental, encabeçado pela UCPel, para subsidiar com dados e insumos as lideranças regionais e os empreendedores, facilitando a tomada de decisões. O segundo passo está na definição dos grupos que serão responsáveis pelo direcionamento e análise de todas as ações. Essas equipes são compostas por uma cabine de comando, formada por 12 líderes regionais, e mais duas comissões – a de mentores, encarregada de fornecer ideias, críticas e sugestões, e a científica, composta por representantes de universidades e centros de pesquisa. Além desses três grupos, está traçada a existência da chamada Assembleia de Stakeholders locais, com a presença de conhecedores do trabalho de cada região.
Devido à complexidade do projeto e por não existir uma outra experiência do gênero no Estado, o reitor da UCPel, José Carlos Bachettini Júnior, reforçou aos presentes no encontro a necessidade de entrega de resultados à sociedade. “Já tivemos a oportunidade de ver como um conjunto organizado de ações pode ser um diferencial não só a uma região, mas a um país”, disse, em referência às duas visitas de campo que comitivas regionais fizeram na Itália, desde a assinatura do protocolo de intenções em setembro de 2016. “Agora precisamos construir um núcleo de líderes que faça as coisas acontecerem de fato e com rapidez”, completou.
O diretor-superintendente do Sebrae-RS, Derly Fialho, demonstrou a mesma preocupação que Bachettini. “Nosso desafio é definir quem são os homens e mulheres das três regiões capazes de fazer acontecer, de engajar os outros. Precisamos trabalhar por um empreendedorismo que transforme”, frisou.
Sobre o Líder
O Programa Líder foi criado para facilitar a conexão entre as lideranças do território composto por 43 municípios do Estado para que juntas desenhem uma agenda estratégica e única voltada para o desenvolvimento. Além da UCPel, participam do programa o Sebrae, a Universidade de Milão, a Embrapa, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e lideranças dos setores público, privado e do terceiro setor.

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