Acervo construído por Nelson Nobre Magalhães está disponível para consulta gratuita na UCPel

Uma das preciosidades da cidade de Pelotas está localizada na Universidade Católica de Pelotas (UCPel). O Laboratório de Acervo Digital (LAD) é o local que abriga todo o acervo da história do município resgatado pelo preservacionista Nelson Nobre Magalhães. Relíquias, como a revista Ilustração Pelotense, estão disponíveis para acesso da comunidade, assim como outros tipos de documentos. 
O material é tão vasto que, de acordo com a professora e coordenadora geral do LAD, Fabiane Marrone, é difícil para segmentação. Milhares de documentos entre fotos, fascículos de revistas e livros estão presentes no acervo. O material, além de estar disponível para os curiosos, também serve como apoio para diversas pesquisas e trabalhos de conclusões de cursos desenvolvidos sobre a cidade. 
Em 2002, um CD intitulado Pelotas Memória foi criado pelo próprio Nelson Nobre Magalhães. O preservacionista, através do seu olhar, selecionou situações específicas sobre o município e contou através de imagens digitalizadas diversas histórias, como o início da cidade, os transportes utilizados na antiguidade e as praças. O material também faz parte do acervo e está disponível para a comunidade. 
Neste semestre, o Ponto de Cultura – local que abriga o acervo de Nobre e uma exposição permanente de Renato Canini – conta com cinco alunas bolsistas de pesquisa e extensão dos cursos de Tecnologia em Design de Moda e Letras. As acadêmicas pesquisam sobre a moda e a poesia no início da década de 1920, através da revista que circulava quinzenalmente na época, a Ilustração Pelotense. A análise e a digitalização do periódico faz parte do trabalho desenvolvido pelas estudantes.
A acadêmica de Moda e participante da pesquisa, Inajariane Vieira, relata que o trabalho prático completa os ensinamentos da sala de aula, visto que surgem inspirações para as criações e trabalhos que desenvolvem. “Perceber que a moda pelotense da década de 1920 era inspirada no continente europeu e ao mesmo tempo descobrir as origens e a história da nossa cidade nos estimula a cada vez querer criar e pesquisar mais”, comenta. 
Para a coordenadora geral do LAD, Fabiane Marrone, o objetivo do Laboratório é digitalizar todo o acervo para deixar disponível ao publico através da internet, e assim torná-lo mais acessível. A docente destaca que este trabalho é importante para a preservação da memória. “A gente tem que entender a nossa história para valorizar ela. Desse modo, conseguimos entender sobre o nosso espaço”, destaca. 

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